terça-feira, 21 de julho de 2009

Histórico da ocupação

Quem ajudou a construir o Pará não pode ser deixado de lado. Principalmente quando uma decisão atinge dire-tamente a forma dessas pessoas viverem. É com esse ideal
que tenho uma posição firme em defesa dos paraenses.
Aqueles guerreiros que, por conta de preconceito, são taxados de forma negativa por quem não conhece nossa região. Por quem nunca andou pela BR-163 ou Transama-
zônica. Quem não vê a dificuldade diária de se produzir numa região que precisa de investimentos.
O caso dos moradores da Flona Jamanxim, de Castelo dos Sonhos, Altamira e Novo Progresso é um exemplo da luta que temos de travar em defesa de se produzir em
nossa região. De promover o desenvolvimento sustentá-vel. De evitar que a Amazônia seja apenas um santuário intocável.
Não se pode pensar no meio ambiente esquecendo o ser humano. Criar uma Unidade de Conservação, jogando para a margem da lei milhares de moradores é um erro.
Não ouvir essa gente é um erro ainda maior. Por isso temos sido incansáveis, junto com as várias lideranças de trabalhadores.
Todos prontos a dialogar e temos tido avanços consi-deráveis. E vamos, com certeza absoluta, ter uma conquista histórica: fazer o Governo rever os limites e deixar com que
a população que já habita a região há décadas não seja pre-judicada de forma tão arbitral.
Com muito trabalho, construímos juntos um país que se chama Pará. Temos orgulho do que somos e não vamos deixar de tê-lo. Foi esse orgulho que nos trouxe até aqui e
nos levará ainda mais adiante. Um orgulho de ser paraense. Que não pode ser ferido. Que nos dá esperança de, juntos, tirar o Pará do vermelho. De reassumirmos uma posição
de destaque no cenário nacional, promovendo desenvol-vimento, gerando renda e sendo destino para milhares de brasileiros que querem construir um país melhor.
Com trabalho digno, conservando nossas florestas e utilizando de forma inteligente nossas terras que podem e devem continuar produzindo as riquezas do Brasil. Meus
cumprimentos às prefeitas Odileida Sampaio, de Altamira e Madalena Hoffman, de Novo Progresso. Ambas escutam e lutam em defesa dos bravos paraenses que resistem diante
das dificuldades e continuam sua luta diária por uma vida de respeito nessa terra tão boa que é nosso querido Estado do Pará.
Um forte abraço,
Senador Flexa Ribeiro

Para entender o que acontece hoje, é pre-
ciso compreender a história. Taxar produtores
rurais de ‘bandidos’ ou responsáveis pelo des-
matamento da Amazônia é, no mínimo, uma
irresponsabilidade. O governo militar brasileiro
criou o Plano de Integração Nacional em 1970.
O lema na época era "integrar para não
entregar" e "uma terra sem homens para
homens sem terra". Os atrativos para nordesti-
nos e sulistas eram muitos. O Plano destinava
cem quilômetros de cada lado das estradas
para a colonização. Era uma forma de assentar
milhares de famílias e integrar a região ao Brasil.
Foi nessa época que surgiu a Transamazônica e
a Santarém-Cuiabá.
Também nesse período, os produtores eram
obrigados a desmatar 50% de sua propriedade
para produzir. Assim, se tornariam auto-sus-
tentáveis. Era a regra produzir em pelo menos
metade da propriedade. Pois a regra, agora,
virou crime. Com as leis ambientais que surgi-
ram no final da década de 1990, o proprietário
só poderia utilizar 20% de sua propriedade. O
senador Flexa Ribeiro tenta reverter esse pro-
blema, permitindo que haja compensação nas
áreas de reserva legal.
Se não bastasse esse enorme problema, as
Flonas criadas recentemente só causam maior
revolta e indignação. Afinal, esse tipo de área de
preservação engessou a região e proibiu que os
moradores continuassem a produzir. Mesmo
áreas já desmatadas e que são utilizadas com
plantações e atividades como pecuária, teriam
de se transformar - agora sim - num imenso
vazio.
A presidente da Associação dos Produtores
do Vale do Garça, Nelci Rodrigues, a ‘Preta, afirma
que os moradores se comprometeram desde o
início do problema a não desmatar mais, desde
que haja segurança para que possam continuar
produzindo nas áreas já alteradas. "Estamos
em uma ‘terra do não pode’. Queremos apenas
uma solução e estamos extremamente aflitos. É
uma área já aberta e que não tem lógica o que
estão fazendo. Parece que não conhecem nossa
região", afirma Nelci.



Senador Flexa Ribeiro - Uma vida de Luta em defesa do Pará e da Amazônia


Desde que foi criada, em 2006, a Flona Jamanxim mostrou um lado
perverso de quem discute a Amazônia e o Pará, mas não é da região.
Exclui-se do debate os paraenses, que foram incentivados a integrar o Brasil,
para que ele não fosse entregue. De repente, através de decretos assinados nos gabinetes de Brasília, o povo se vê à margem da lei. É para mudar esse erro que o Senador Flexa Ribeiro tem trabalhado junto com lideranças de Castelo dos Sonhos, Novo Progresso e Altamira para que o Governo Federal reveja os limites da Flona e deixem que as pessoas tenham uma vida digna, com trabalho.
Leia mais sobre a Flona do Jamanxim e sua população nas próximas páginas.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

FLORESTA NACIONAL DO JAMANXIM NO PARÁ UMA INJUSTIÇA GOVERNAMENTAL A SER SANADA.



Em entrevista à imprensa, a presidente da Associação dos Produtores Rurais Vale Do Garças, situada no distrito de Castelo de Sonho, em Altamira estado do Pará, Sra. Nelci Rodrigues, também atingida pela Unidade de Conservação conhecida como FLORESTA NACIONAL do JAMANXIM, criada no dia 14/02/2006, com um milhão e trezentos mil e um hectares de terra, nos disse em lamento, que a referida Floresta, foi criada com uma única audiência publica, em Novo Progresso. Em Castelo de Sonho não ouve audiência. Porém, a única feita em Novo Progresso (consta em ata registrada em cartório), onde todas as pessoas presentes foram contrárias, a criação desta FLONA, entretanto, o criaram, de forma que podemos dizer, totalmente arbitraria.

São aproximadamente mil famílias atingidas pela Unidade de Conservação, onde grande parte das mesmas, lá residem, a 30 anos, que também não foram levadas em consideração.

A Floresta Nacional é uma categoria de unidade de Conservação destinada a projetos de manejos sustentáveis,mas para grandes empresas que ganharão o direito de explorar os recursos naturais madeireiros e não madeireiros, por lecitações de 40 anos e somente 3 empresas, porém quem vai usufruir do dinheiro é o próprio governo Federal, em licitações públicas, e não a população, porque nestas unidades, não podem ter presença de propriedades rurais, esta é a grande revolta. As pessoas a que lá residem, vivem da agricultura de sub existência como, a mandioca, Abacaxi, banana, arroz, laranja, e outras frutas e cereais e tambem da Pecuária, como o resto do Estado do PARA.

Segundo a Presidente Nelci Rodrigues, querem agora que, o Governo Federal reveja o erro e redefina os limites e retire a Floresta Nacional, de cima das propriedades atingidas. Falam também que se o governo diz que: “O BRASIL É UM PAIS DE TODOS”, perguntam: Então quem somos nós? Depois de 30 anos, vão nos expulsar? Não viemos aqui por acaso, viemos a convite do próprio Governo federal, que com medo da internacionalização da Amazônia dizia: “Vamos integrar, para não entregar”.

A presidente e muitos falam também, da perseguição existente em cima do povo da Amazônia, mas nem sequer, dão direito a resposta. Menciona o nome de Vitor Fasano e a atriz Cristiane Torloni, os quais gostariam de convidar para que realmente conhecessem a verdade e não o que simplesmente falam. Dizem mais, que sempre concordaram na preservação ambiental, mas que acima de tudo, as pessoas que aqui vivem, também tem que serem preservadas. Não queremos MEIO AMBIENTE e sim, um AMBIENTE COMPLETO com a integração entre o “ambiental e o ser humano”. Dizem ainda: “não somos bandidos do meio ambiente ou de índios, mas heróis anônimos, pois graças a nós, que aqui estamos, é que a soberania desta rica e cobiçada Amazônia, ainda é brasileira”. Talvez um dia, ainda vamos ser reconhecidos.

Também não somos grileiros, quando para cá viemos, foi a convite e com a ausência dos governos. Começamos nos apossando das terras, dentro das formalidades permitidas; abrindo estradas, construindo pontes, escolas, igrejas e até cidades, sem onerar o erário público, e queremos que nossos direitos adquiridos sejam respeitados, como também, não queremos que rasguem nossa história.

Explicaram também que, já existe tramitando na câmara dos deputados, um projeto de lei do Dep. Zequinha Marinho, do Pará, tentando reverter a injustiça praticada. Comentaram ainda, “Caso der negativo, o que não esperamos, entraremos então na justiça”.

Associação Vale do Garça, juntamente com outras associações coligadas da Floresta Nacional do Jamaxim, realizará no dia 02 do próximo mês de Agosto, a primeira festa do Boi no Rolete nas dependências do Pavilhão da Igreja Católica em Castelo de Sonho – PA. Cujo o lucro, será revertido em prol da associação.

Se fará presente na festa o Senador Flexa Ribeiro e os Deputados Federais: Zequinha Marinho, Geovâni Queiroz, Wandenkolk da Silva, Asdrubal Bentes e Lira Maia, entre outras autoridades.


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